sábado, 28 de março de 2009

O mito dos essênios - Jayme Copstein

Tal como Atlântida, o continente submerso, cuja real existência milhares de livros jamais conseguiram provar, outro enigma – o dos essênios, seita judaica que originou o cristianismo – corre o risco de ser arquivado entre os mitos da História.

Atlântida, como continente perdido, é aludida por Platão como coisa ouvida falar. Já aos essênios, a primeira referência foi de Flávio Josefo, único sobrevivente do massacre de judeus perpetrado pelos romanos em 70 da Era Cristã, e que se tornou historiador, morrendo no ano 100.

Quando os manuscritos do Mar Morto, a versão mais antiga que se conhece do Velho Testamento, foram encontrados em 1947, aos essênios se atribuiu a autoria, considerando-se os documentos como prova de sua existência.

Recentemente, a professora de filosofia da Universidade Hebraica de Jerusalém, Rachel Elior, contestou tanto a autoria dos manuscritos como a própria existência da seita, à qual é atribuída, além do cristianismo, aorigem de outras instituições, entre elas a Maçonaria. Segundo a professora Elior, não há nada que os identifique dentro dos manuscritos.

A tese da professora Elior vai ser motivo de debates. A “História dos Judeus”, de Flávio Josefo, ao longo do tempo, depois da sua morte, sofreu acréscimos para autenticar outros mitos incorporados ao cristianismo, porque tenho sido convividos com contemporâneos de Jesus, seria testemunha idônea. É possível que os essênios apareçam dentro do mesmo contexto..

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