Passada uma semana do incidente com o navio Mavi Marmara, a militância continua em guerra contra Israel. Há muitos slogans, frases feitas, adjetivos depreciativos, mas nada de novo no palavreado que já tem sido usado contra outros "inimigos". É a surrada violência, disfarçada de indignação, típica dos '"tribunais do povo" do nazismo e do estalinismo, onde tudo pode ser dito contra o acusado e nada pode ser alegado em sua defesa: o julgamento é uma farsa para justificar a condenação prévia, por interesses políticos.
O Conselho de Segurança da ONU prometeu investigação descomprometida, mas já surgiram protestos de ONGs" obscuras, contestando o "direito" de Israel de usar os vídeos, mostrando os soldados sendo atacados pelos militantes islâmicos, antes de reagir. A alegação é a de que foram "apreendidos ilegalmente" e não podem ser vir como prova.
Descontadas fantasias jurídicas de quem se impressiona com os "julgamentos" do Law&Order, não há prova mais cabal do que aconteceu: os vídeos foram filmados pelos próprios militantes. Com que intenção é difícil saber. Se tivessem sido bem sucedidos, provavelmente para exibi-los como troféu, como fazem com outros vídeos mostrando degolamentos e empalações, vistos livremente no You Tube por quem tenha estômago para tanto.
Como a empreitada saiu mal, só querem exibi-los a partir da reação dos soldados israelenses, para fazê-la parecer gratuita e excessiva diante de "pacíficos ativistas". É a velha tática de contar a História, começando por onde lhes convém, como acontece em relação à Segunda Guerra Mundial, que só parece ter começado quando os nazistas ousaram atacar a sacrossanta União Soviética. Escamoteiam o fato antecedente da aliança de Hitler e Stalin, o consequente massacre da Polônia e a divisão dos despojos entre ambos.
Segundo as informações, o Mavi Marmara transportava 600 pessoas, entre pacifistas sinceros, simpatizantes da causa palestina e militantes islâmicos. Se realmente os soldados israelenses tivessem chegado ao navio disparando contra a "multidão" como foi alegado, não haveria apenas nove mortos – todos, por coincidência, militantes islâmicos – e nenhum soldado teria sido ferido – foram sete, atingidos por facadas, bordoadas com barras de ferro e com tiros de pistola, os dois em estado mais grave.
Há também alegações de ilegalidade quanto à interceptação, de parte de Israel, de navios que se dirijam a Gaza, para fiscalização da carga e repressão ao contrabando de armas. O Hamas, que domina a área, está em guerra declarada contra Israel, expressa por palavras e ações militares concretas (bombardeio com foguetes). Nesse caso o bloqueio é previsto pela legislação internacional, legitimando a interceptação, mesmo fora de águas territoriais, de quem expressamente pretenda furá-lo, seja a que pretexto for.
O que pode e deve se discutido no episódio é o que aconteceu verdadeiramente no Mavi Marmara, o único dos seis navios do comboio onde se registram as cenas de violência. Naquele dia, as cinco outras embarcações, bem como o Rachel Corrie, anteontem, foram também abordados, a carga foi inspecionada, levada ao porto de Ashod, de onde será encaminhada a Gaza.
O resto é mero bate-boca ideológico.
Acabo de receber do " Notícias da Rua Judaica" (edição extra), via e-mail, o emocionante relato de uma médica brasileira a serviço do Exército de Israel, presente no episódio na Faixa de Gaza.
ResponderExcluirVale a pena acessar o link e conferir. http://www.ruajudaica.com/