terça-feira, 16 de agosto de 2005

Bom senso Jayme Copstein

Em meio a alguns desvarios e outras tantas demagogias baratas, o bom senso marcou a reunião dos oposicionistas, ontem. Foi afastada a hipótese de impeachment do presidente da República, sem que surjam provas concretas que o justifiquem.
Em outras palavras, deixa-se de lado o jogo sujo da politiquice, para debater e encontrar caminhos que protejam não só a economia, mas também a própria política das crises periódicas que tumultuam a vida da Nação.
Não será fácil encontrar o mapa da mina. Há setores propondo as velhas e desgastadas “soluções emergenciais”, que a proverbial inércia brasileira acaba por tornar permanentes.
A sugestão mais séria é a de uma nova assembléia nacional constituinte, exclusiva para evitar contaminações. Não se precisa de argumento melhor para defender a idéia do que as 54 emendas já sofridas pelo texto de 1988 e os 90 por cento que ainda não foram regulamentados.
Uma constituição assim, cheia de remendos e omissa em questões relevantes, já seria suficiente para dificultar a governabilidade. Contudo, tem outro defeito que torna o país realmente ingovernável: o hibridismo. Não é, apesar das aparências, nem presidencialista nem parlamentarista. É um pouco de tudo. Isso faz com que o governo seja prisioneiro de um Congresso nada representativo da vontade popular, pelos defeitos também insanáveis do sistema de voto proporcional.
Enfim, postas de lado as chicanas, as armadilhas e as conspirações de poder, talvez cheguemos a algum lugar.

2 comentários:

  1. Anônimo12:54 PM

    Concordo Jayme, acho realmente que estamos precisando de uma nova Constituinte.
    Prazer te encontrar por aqui, um abraço.

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  2. Obrigado, Lauro. Como tenho alguns amigos, com este nome - acho que era moda, na época - fico sem saber qual deles "beliscou" aqui.
    Abração,
    Jayme

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