sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Roda, roda, roda - Jayme Copstein

Pela infinitésima vez, um juiz determina às companhias telefônicas cessarem a cobrança da chamada taxa mínima. Pela infinitésima vez, a Anatel recorre da decisão em um caso que já rodou por todas as instâncias da Justiça, sempre com o mesmo resultado: há contratos a serem respeitados, a taxa pode ser cobrada.
Ao ser empossado, o novo ministro das Comunicações, jornalista Hélio Costa, levantou o tema de novo. Em seguida, deu o dito por não dito e mudou o discurso para a diminuição do valor. Também não se deu conta de que mais de 30% do que é cobrado são taxas e impostos.
Bastaria o “Moloch” tropical, aqui chamado “governo”, ser mais comedido em sua predileção por cuecas de grife, para termos a redução substancial da taxa básica.
O problema é que a Justiça brasileira gosta de brincar de roda: roda, roda, roda, volta sempre ao mesmo lugar.
O cravo brigou com a rosa. Até hoje não se conseguiu decidir quem tinha razão. Ou se havia razão para o cravo brigar com a rosa.

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