O deputado Paulo Pimenta, do PT gaúcho, poderia ter poupado à Nação o vexame que protagonizou na CPI dos Correios. Já antes, ao inquirir Marcos Valério de Souza, apresentou-lhe um insonso questionário que Valério, bem ensaiado, respondia com prontidão. Os dois deliberadamente simulavam provas de que governos anteriores eram os inventores do mensalão. Quem duvidar, que examine o vídeo gravado.
Não satisfeito, o deputado Pimenta foi de carona para casa com Marcos Valério e seus advogados, e desta promiscuidade desencavou uma lista fraudada de envolvidos no escândalo. Pode lhe valer a perda da vice-presidência da CPI e até o mandato, diante da flagrante infração ao decoro parlamentar.
Por que o deputado Paulo Pimenta e seus correligionários do PT insistem na ridícula versão de que não inventaram a corrupção, mas apenas a aperfeiçoaram?
Provavelmente – urge investigar-se a fundo para se chegar à verdade – porque não se trata de corrupção, mas de conspiração, o dinheiro jorrando de fontes não identificadas para financiar um projeto totalitário de poder.
É tática de quero-quero, cantando longe do ninho para desviar a atenção dos predadores. Com a diferença de que o quero-quero o faz para preservar a vida dos filhotes; não para sentenciar à morte uma democracia nascente.
quinta-feira, 11 de agosto de 2005
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