Tudo o que Roberto Jefferson denunciou é verdadeiro. Tão verdadeiro que ele próprio se incluiu na bandalha. Poderá haver maior prova de sinceridade e despreendimento?
Não fosse o figurino, talhado na Baixada Fluminense, poder-se-ia pensar em uma freira confessando pecados mortais, com olhos postos na imortalidade dos altares.
Ou então, nos penitentes que se retorcem em convulsões no chão e após o indefectível exorcismo, transformam-se em pastores furibundos contra Satanás e seus sequazes, e criam rendosas igrejas nos bairros pobres.
Aí é que está a chave do enigma. Roberto Jefferson é candidatíssimo à presidência da República. Criou o melhor factóide de toda a história brasileira.
É a própria Madalena arrependida, que sabe das coisas. No imaginário popular, é quem pode acabar com a “imundície”. Santo homem!...
Haverá exemplo mais flagrante da sordidez do presidencialismo como sistema de governo? Crises que não são crises, mas corrupção endêmica transformada em tragicomédia na perpétua luta pelo poder?
Não está na hora de acabar com isso e pensar em parlamentarismo?
quinta-feira, 4 de agosto de 2005
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