O referendo de ontem foi pura farolice. Pouco importa se ganhou o “não”. Pouco importaria se vencesse o “sim”.
O referendo não decidia nada. A legislação que originou a consulta, clara e severa ao regulamentar a posse e o porte das armas de fogo, se contradizia ao proibir o fabrico e a venda.
Se permitia a alguns o uso das armas, não tinha como impedir a fabricação legal para vendê-las aos aquinhoados. A proibição era nula. A não ser que deliberadamente se pretendesse o fim da indústria nacional das armas, para favorecer empresas estrangeiras. Uma nova modalidade de mensalão.
Nada pôde ser dito no rádio e na tevê, canais de informação para mais de 70% da população, porque a Justiça estendeu ao referendo a legislação fascista que impede o debate no período eleitoral.
Pagamos 250 milhões de reais para continuar assistindo ao espetáculo de um governo que não consegue impedir nem mesmo que um boi pesteado passe pela fronteira do Paraguai, mas pretende, com um referendo, terminar com o contrabando das armas de guerra que abastece os bandidos do país.
É muita soberba e alienação.
segunda-feira, 24 de outubro de 2005
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