Quem saiu do fundo do armário, no início desta semana, foi Itamar Franco, já em plena campanha para se eleger senador por Minas Gerais.
De pouco vale perguntar se não é cedo demais. Também, se não há ilegalidade, pois a legislação eleitoral proíbe campanhas precoces.
No Brasil as leis se caracterizam pela elasticidade. Têm o comprimento – e em conseqüência, o cumprimento – das circunstâncias.
Itamar Franco consegue ser pequeno em tudo, nos rancores pessoais, na preferência pelo fusca, na tola exibição de namoradas, no seu legado público. Era um político obscuro de Minas Gerais e foi o único entre os muitos consultados a aceitar a candidatura a vice de Fernando Collor de Mello.
Assumindo a presidência da República, os bastidores do Planalto registram, a luta para mantê-lo ocupado com insignificâncias, sem meter o bedelho no Plano Real. Foi nomeado alguma vezes embaixador do Brasil, mas sempre se limitou receber os proventos sem exercer o cargo.
Agora, em flagrante infração à legislação eleitoral, antecipa sua campanha para o Senado. Vai lhe acontecer alguma coisa? Ninguém sabe. Terá ele saído lista das exceções e sido enquadrado na regra geral?
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
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