O ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio de Mello, culpou o eleitor brasileiro pelos políticos que tem e dos quais se queixa com amargura. O ministro tem razão no que diz, e mais autoridade teria ainda o seu dizer a verdade com todas as letras se esclarecesse, também, o besteirol de alguns eleitores, metidos a espertos, que pretendem anular o próximo pleito, inutilizando o voto.
O presidente do TSE não precisaria analisar a falta de sentido de se ver um país sem governantes, entregue, senão ao PCC, a quaisquer outros delinqüentes, seja que ideologia aleguem para se adonarem do poder, sob pretexto de preservar a ordem e a lei, como aconteceu nas ditaduras já havidas e sofridas. Bastaria esclarecer, de uma vez por todas, que a lei fala em votos válidos, e os votos em branco e nulos, a não ser para fins estatísticos, nem são contados.
A Justiça Eleitoral só tem contribuído para aumentar a confusão, ao programar teclas nas urnas eletrônicas para anular voto, uma delas específica para o voto em branco. Ora, conceito de voto nulo implica a impossibilidade de se apurar a intenção do eleitor. Se ele vota deliberadamente “nulo”, é clara e expressa a sua intenção de não votar. Bastaria, portanto, uma única tecla – abstenção.
terça-feira, 15 de agosto de 2006
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