sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Bons e maus eleitores - Jayme Copstein

Leitor de Zero Hora traz para o debate eleitoral questão já antiga no teatro e no jornalismo: são peças de teatro que fazem os bons atores, ou há maus atores que conseguem tornar medíocre a obra de Shakespeare?
Da mesma forma, em qualquer redação de jornal os “focas” aprendem com os veteranos que não existem temas maiores ou menores. O que há são bons ou maus jornalistas, capazes de enxergar crise de estado em um bate-boca de comadres e vice-versa.
O leitor em questão é o técnico em informática Lauro Becker Júnior, alertando com razão que não existe o mau político para o bom eleitor. Este é um homem atento ao noticiário de rádio, tevê e jornal, e fiscal da conduta não só do candidato em quem votou, mas de todos os políticos. Só assim saberá quem honrou ou desonrou o mandato recebido.
Quem não procede assim, por desinformado, cometerá sempre o mesmo equívoco. Apenas trocará de gatuno em cada eleição. Votará às cegas, como se atirasse com os olhos vendados. Acertará infalivelmente no que não quer.
Pior são os eleitores do voto branco ou nulo, que decidem eximir-se da responsabilidade de escolher. Afora pouco inteligentes, ao contrário do que se julgam, também são injustos. Punem os inocentes e alijam da política os honestos que poderiam tornar o país melhor.

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