Reportagem da Folha de São Paulo de sábado mostram a distorção dos noticiosos da TV Globo, ao fazer um obsessivo balanço de “brasileiros mortos”, nos primeiros dias da guerra no Oriente Médio. A matéria, assinada por Marcelo Ninio, relata a morte de um “Brasileiro lutando pelo Hizbollah”, cuja família mora em Itapevi, no Estado de São Paulo. Chamava-se Ibrahim Saleh, tinha 17 anos, mas “vivia no Líbano desde o nascimento” – palavras textuais do repórter – sem nunca ter vindo ao Brasil. Ou seja, era libanês, mas tinha passaporte brasileiro porque sua mãe nasceu no Brasil, o que lhe deu direito à dupla cidadania, da mesma maneira que a mulher do presidente Lula, Marisa Letícia Rocco Casa, adquiriu passaporte italiano, sem saber sequer falar italiano e sem ter pisado uma vez que fosse na Itália, antes de se tornar primeira-dama..
A mãe de Ibrahim, sempre segundo a reportagem, não chora pelo filho morto. Sente-se orgulhosa porque estava preparada para isso desde que o rapaz ingressou ainda menino no Hizbollah. Como muitas crianças xiitas no sul do Líbano, apesar de matriculado em escolas libanesas, recebia treinamento secreto da organização terrorista, sem que nem mesmo os pais soubessem “onde ou como isso é feito” – palavras textuais da mãe.
Deixemos aos sentimentos de cada um a visão deste personagem da tragédia do Oriente Médio, cuja trajetória ressuscita a educação para morte com que os nazistas condicionavam as crianças alemãs. Mas noticiar fatos como este, rotulando-os de “brasileiros mortos por israelenses”, é reviver no Brasil, disfarçado de pacifismo e anti-sionismo, o velho, nojento e odioso anti-semitismo.
Comentários:
Anônimo: Só os judeus é que têm razão (...)
Blog:
1. Debater não é insultar. O restante do seu comentário foi cortado por ser insultuoso e conter palavrões. Em nenhum momento, o senhor diz que o fato relatado é falso ou distorcido. Há uma regra aqui: a veemência tem os limites da civilidade. Se prefere insultos e palavrões, está no blog errado.
2. Por que ficou tão zangado com a RBS? A reportagem sobre o "brasileiro" morto do Hizbollah era da Folha de São Paulo. Está citado no texto. A Zero Hora fez reportagem idêntica, mas sobre um adolescente que preferiu vir para o Brasil, dar curso aos seus sonhos de ser jogador de futebol. Ou seja, viver paz. Será que foi isso que o irritou?
3.
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
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