O fim da reeleição já passou pela Comissão de Constitição e Justiça do Senado e deve ser aprovada antes das eleições de 1º de outubro. É bom, ainda que não resolva os problemas do nosso presidencialismo, regime que elege uma espécie de mágico de palco para fazer milagres, que todos sabem ser pura tapeação, como a de tirar moeda do nariz de incautos, de onde a única coisa que pode sair é craca. Nos bastidores, os assistentes, de apelido “aliados”, ocupam-se em assaltar o tesouro.
Já que não se consegue o melhor, o parlamentarismo, que seja o menos pior, para evitar o que está acontecendo, com o país paralisado, enquanto o ministro da Fazenda afrouxa o controlem e arrisca a estabilidade das finanças. Advertência séria sobre a gravidade da situação vem do próprio ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, recém empossado, advertindo que a demora na aprovação de 536 projetos de pesquisa de transgênicos, boa parte deles da Embrapa, está favorecendo as multinacionais.
Festejado ao assumir a pasta pelos xiitas queimadores de lavouras experimentais, o ministro argumenta, com bom-senso, que o debate dos transgênicos se deve à falta de informação das pessoas e tem de ser posto em plano mais racional. São usados há mais de 10 anos no mundo e até hoje não foi identificado um mal decorrente deles. Esta afirmação deve ser posta entre aspas, pois é transcrição do que ele declarou à Folha de São Paulo, em entrevista publicada hoje.
É só avançar um pouco na entrevista de Guedes Pintio para ver os males da reeleição: o Brasil está estrangulado no escoamento da produção agrícola pela insuficiência e desaparelhamento das ferrovias e dos portos, o que encarece preços e tira a competitividade. O dinheiro para resolver o problema está sumido nas cuecas do mensaleiros e dos sanguessugas e também na demagogia da reeleição.
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
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