sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Caxias - Jayme Copstein

Hoje, 25 de agosto, deveria ser feriado nacional. A efeméride assinala o nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, a quem devemos que esse Brasil imenso, estendido do Oiapoque ao Chuí, não tenha se transformado em um amontoado de republiquetas bufas, a guerrear entre si e a empapar de sangue o continente.
Soldado e cidadão exemplar, foi o grande estadista desta Nação. Seu gênio revelou-se desde cedo, quando pacificou o Maranhão e concedeu 12 mil indultos aos revoltosos da Balaiada, aos quais já dispensara tratamento humano quando se renderam.
Há muitas coisas não contadas a seu respeito. Uma delas é que a Campanha do Paraguai estava perdida em 1866, quando ele assumiu das tropas. E que a guerra teria terminado bem, em 1 de janeiro de 1869, com o Paraguai vencido, porém preservado em sua dignidade como Nação, assegurando-se assim o equilíbrio político do Cone Sul.
A História deixou de percorrer os melhores caminhos porque Caxias foi substituído no comando pelo francês Gastão de Orleans, Conde D’Eu, genro do Imperador. Queriam transformá-lo em herói, para lhe assegurar prestígio pessoal, e o trono, à Princesa Isabel. Todos sabemos o que aconteceu.
Nós, gaúchos, particularmente, temos com Caxias dívida de gratidão. Também não se conta que a os farrapos estavam irremediavelmente batidos, em 1845, quando ele lhes ofereceu a paz dos grandes guerreiros, incorporando-os ao Exército Nacional. Quando alguém sugeriu um Te-Deum triunfal para tripudiar sobre os vencidos, recusou, dizendo: “Mandem rezar um missa pela alma dos mortos. Eram todos brasileiros.”
Hoje devia ser feriado nacional. Em hora de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, soldado e estadista que honrou esta Nação.

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