Discute-se no Planalto a divisão dos ganhos com o pré-sal. O presidente Lula está certo em reter 80% do pré-sal para a União. Na teoria, é uma montanha incalculável de dinheiro da qual 20%, como ele defende, é mais que suficiente para remunerar a Petrobrás e as empresas privadas que extraírem o petróleo.
O problema não está com quem fica o dinheiro nem com quem o gasta. O que se critica sempre é por que e como o dinheiro é gasto sem trazer benefício ao povo brasileiro, dono de tudo, e de quem os governantes são apenas delegados para administrar o patrimônio nacional. Na prática, tanto no caso do pré-sal como de qualquer outro, acrescenta-se mais um risco, típico da política brasileira: contar com o ovo no oviduto da galinha e sair gastando por conta.