Pois anuncia-se aumento de 7% nos ganhos dos aposentados da Previdência Social, frisando ser o maior já concedido desde 1995. É esquecido, porém, que desde então o valor desses proventos acusa defasagem de 44 por cento. É muito barulho por quase nada, é desfaçatez e hipocriaia cobrar a conta dos "velhinhos" a conta feita pela orgia que os políticos protagonizam no Brasil, também desde aquela época..
O Governo, ao fechar tanto a mão, desconsidera o que o próprio IBGE está dizendo há muito tempo, ser grande a proporção de idosos que sustentam suas famílias, abrigando filhos, netos e até bisnetos. Pode-se comparar a situação com a da gorjeta, verdadeira instituição nos Estados Unidos. É quase uma obrigação, quando se toma um táxi ou se entra em um restaurante. Alguém analisando este fenômeno, chegou ao extremo de dizer que, faltasse a propina, a economia norte-americana sofreria forte abalo pela diminuição do poder aquisitivo da classe média baixa.
Mudando o que deve ser mudado, o aumento da expectativa de vida no Brasil, hoje já ultrapassando já os 72 anos. A população com 65 anos e mais aumentou em 60,8%. Não é difícl concluir-se que a aposentadoria desses idosos, única fonte de renda que eles têm em sua maior parte, representa parcela importante no mercado de consumo e, portanto, na movimentação da economia.
Concordamos todos que as regras frouxas para concessão de benefícios têm causado dificuldades à previdência social. O fato é que, concedido o benefício, por este papel na vida econômica do país, não pode ser achatado. A solução do problema é outra. Prazos maiores para aposentadoria e maior rigor para evitar fraudes.