Feliz é o presidente Lula. Especialista em frases pitorescas, não o tem o menor constrangimento em pedir a ditadores africanos, em nome da democracia, ação contra a ditadura de Honduras.
O líbio Kadafi, no poder há 40 anos, é "amigo, irmão e líder". O sudanês Omar Al Bashur, indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade – bem, como todos sabemos, "Não se constrói um continente em harmonia do dia para a noite".
Em relação à ausência de Mahmoud Ahmadinejad, disse aliviado aos repórteres que na véspera lhe perguntaram sobre o desconforto de ter de conversar o ditador iraniano: "Vocês viram como é duro fazer preconceito premeditado?" A frase é tão profunda que até agora não se consegue saber o que isso quer dizer.
Patética de deputado
Quando se pensa que a política brasileira já esgotou todo seu estoque de absurdos, ela surpreende o país: a Comissão de Ética da Câmara Federal, por 9 votos a 4 mais uma abstenção, rejeitou o voto do relator pedindo a cassação do deputado mineiro Edmar Moreira, mas não o absolveu da quebra de decoro parlamentar, por desvio de dinheiro público (financiou sua empresa particular com a verba indenizatória do mandato). Como se uma mulher pudesse estar apenas meio grávida, os "patéticos" da Comissão, temendo a opinião pública, querem uma puniçãozinha simbólica. Encomendaram "penas alternativas" ao novo relator – proibir Edemar, durante seis meses, de falar no plenário ou de integrar comissões, preservado, entretanto, os proventos (16.500 reais) do mandato. Edmar é réu confesso – não nega o uso do dinheiro público para fins privados. Alegou, porém, que não havia regra que o impedisse de fazê-los. Nove "patéticos" aceitaram a tese.
A máfia no futebol
Reportagem da BBC Brasil, desde ontem no site (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/07/090701_futebollavagemebc.shtml'>http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/07/090701_futebollavagemebc.shtml) denuncia que o "futebol é usado para lavagem de dinheiro e tráfico humano", segundo estudo de uma agência intergovernamental, Força-Tarefa Financeira, cuja missão é investigar "recursos provenientes do crime". Segundo a agência, uma investigação em mais de 20 países divulgada concluiu que a indústria do futebol está sedo usada por quadrilhas criminosas para lavagem de dinheiro e tráfico de pessoas.
O relatório da Força-Tarefa Financeira afirma que, apesar dos efeitos positivos, "há um risco mais alto de fraude e corrupção, dada a quantidade de recursos em jogo." O documento é explícito ao apontar a compra de clubes, os grandes negócios com a transferência de jogadores e as apostas pela Internet como canal para a lavagem do dinheiro das drogas ou da sonegação fiscal. Por fim, recomenda maior colaboração entre governos e regulamentações dificultar a ação dos criminosos.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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