quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um gesto de vida - Jayme Copstein

A Prefeitura de Porto Alegre está lançando a primeira etapa de uma campanha para civilizar o trânsito na cidade. O projeto, detalhado nos jornais, emissoras de rádio e de tevê nos próximos dias, começa pelo alicerce: respeito ao próximo, único sentimento para fazer motoristas e pedestres acatarem normas, leis ou códigos que pretendem disciplinar a vida na coletividade.

A primeira etapa é incutir a hierarquia das faixas de segurança. Um gesto com a mão espalmada vai, a princípio, alertar motoristas que há pedestres iniciando a travessia das "zebradas". Com o tempo, espera-se que os motoristas habituem-se a prestar atenção, parando seus carros tão logo o pedestre ponha o pé na faixa, tal como ocorre em cidades civilizadas, entre as quais se agora inclui Brasília, onde campanha idêntica reduziu drasticamente as estatísticas de morte por atropelamento nos últimos dez anos.

A Prefeitura anuncia ação intensiva para, nos próximos dias, regularizar todas as faixas de segurança da cidade – em torno de3 6 mil. Muitas delas estão com a pintura desgastada, quando não desaparecida. Inicialmente, será imprescindível a ação dos fiscais da EPTC para mostrar tanto a motoristas que não respeitam sequer os sinais com a pedestres que teimam em atravessar as ruas de qualquer jneito.

Em nome da decência

Digna de aplausos a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, regularizando a situação dos estrangeiros clandestinos no país. Ao conceder dois anos de permanência provisória, o governo livrou contingente calculado em 20 mil pessoas de um regime de escravidão, imposto principalmente por outros estrangeiros com visto legal, exigindo trabalho de 12 a 14 horas por dia, sem nenhuma das mínimas garantias asseguradas por decência e direito de nascimento aos seres humanos do século 21: remuneração digna, salubridade ambiental, assistência médica, seguro contra acidentes e previdência social.

Idade das coisas

Estudos do geólogo da Petrobrás, Jorge Figueiredo, atualmente cursando doutorado na Universidade de Liverpool, Inglaterra, descobriu a idade do Rio Amazonas: 11 milhões e 800 mil anos. Estudos anteriores davam apenas 5 milhões de anos para o nosso "rio-mar". Já a idade do "sarneysmo", doença endêmica no Norte-Nordeste, não foi objeto de estudos de nenhuma pesquisa. Tem-se como certo que a corrupção começou no país há 500 anos. Mas, já não interessa mais o que aconteceu no passado. O importante é saber-se como serão as coisas no futuro.

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