quarta-feira, 24 de maio de 2006

A bronca do PCC - Jayme Copstein

Nem se precisa ir muito fundo para desvendar o mistério. O PCC, ao desencadear a violência em São Paulo, só perguntava sobre algo que mais uma vez está no noticiário.
“Câmara deve absolver outro envolvido no mensalão”, publica Zero Hora.
É a 11ª absolvição de 14 corruptos que já foram a julgamento na Câmara Federal. Mais não foram absolvidos quatro gatunos amadores, amedrontados com a demagogia das primeiras horas, apressaram-se a renunciar ao mandato.
“Sanguessugas presos são soltos a pedido da Justiça”, - está na Folha de São Paulo.
A Polícia Federal prendeu 46 larápios, implicados na falcatrua das ambulâncias. O Tribunal Regional da Primeira Região não conseguiu definir o sexo dos anjos. Afinal, é “anjo” ou é “anja”?. Tinha gatuno de alto bordo envolvido no escândalo. Como gatuno de alto bordo têm direito a uma justiça originalíssima, apelidada de “foro especial”, em conseqüência, todos foram soltos, pára não se fazer injustiça... aos de cima..
“Supremo Tribunal Federal tranca ação penal de denunciados por crime tributário” – informa a revista eletrônica Consultor Jurídico.
A Receita Federal acabou com a farra de quatro sócios de uma empresa de Manaus, que contrabandeavam produtos eletrônicos da China, mas os rotulavam como fabricados na Zona Franca, para sonegar os impostos. Um dos implicados alegou que a denúncia não qualificava o papel de cada sócio na empresa. Foram todos soltos.
Foi só o que o PCC perguntou, ao desencadear a violência em São Paulo: “Só nós na cadeia? Por que só nós?”

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