O jornalista André Singer, porta-voz da Presidência da República, convocou entrevista coletiva, hoje de manhã para comunicação importante à imprensa. Os presidentes dos Três Poderes haviam se reunido para deliberar a criação de um plano de carreira com a unificação dos vencimentos do funcionalismo público brasileiro.
Perguntado por pormenores da reforma, André Singer não sabia nada, além de ter havido a reunião. O porta-voz parecia querer carimbar o encontro como uma conferência tipo Casablanca, quando os Três Grandes decidiram os destinos da II Guerra Mundial.
Tarefa ingrata. Não fosse a presença da ministra Ellen Gracie, a coisa estaria mais para Convescote dos Três Patetas que para salvação da pátria. Com a pompa sem poder esconder as circunstâncias, o objetivo indisfarçável do Planalto e seus parceiros do Legislativo era o de atenuar os efeitos eleitorais da enésima greve dos funcionários da Previdência Social e do Ministério da Saúde.
Houvesse alguma intenção veraz de resolver os problemas da burocracia brasileira, providências mais simples e menos controversas, como a regulamentação do direito de greve do funcionalismo público, já teriam sido já teriam sido propostas, debatidas e até aprovadas há muito tempo.
Isso nunca foi feito porque o funcionalismo público tem sido massa de manobra da demagogia, hoje aboletada no Palácio do Planalto. Daí, para acalmar os ânimos dos grevistas, uma intenção de projeto que nem foi ainda para o papel e terá longo caminho a percorrer, a partir do momento da sua proposição concreta.
terça-feira, 30 de maio de 2006
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