Foi descortesia inominável, o tom moralista do presidente do Sindicato dos Fiscais de Tributos do Estado, Carlos Agostini, ao lembrar a atividade profissional do advogado trabalhista Tarso Genro na defesa de direitos trabalhistas do funcionalismo público. Com toda a certeza, não haverá dificuldades para organizar, entre colegas deste líder sindical, uma extensa lista dos que recorreram e se beneficiaram dos serviços do bacharel que sequer sonhava em se tornar o ministro da Coordenação Política, mesmo porque a Pasta ainda não existia nem de sua criação se cogitava.
O que se pode e se deve externar em relação ao ministro Tarso Genro e a todos os seus correligionários, é perplexidade diante de tanta incoerência. Há muito tempo pede-se a reforma da burocracia brasileira, para eliminar distorções e a conseqüente sangria dos cofres públicos, em conseqüências de diretos, boa parte deles muito mal adquiridos, graças à demagogia barata de partidos populistas e de decisões estapafúrdias de juízes bizantinos.
Ontem era Lula fazendo tórridas declarações de amor a José Sarney, a quem chamara, no passado, de ladrão de terras. Ontem era o próprio sr. Tarso Genro demonizando Fernando Henrique Cardoso porque ele desejava a mesma reforma que o ministro prega agora.
Estará acontecendo uma nova versão do caminhante na estrada de Damasco, Paulo de Tarso, que não era genro de ninguém, convertendo-se ao cristianismo que perseguia com ferocidade? Estará Tarso Genro, que não é Paulo, convertendo-se ao neo-liberalismo, que amaldiçoava com tanto fanatismo?
Milagres acontecem, é uma só uma questão de fé.
terça-feira, 30 de maio de 2006
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